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DEPOIS de ter falado no projecto bairradino de João Póvoa, ao qual atribuiu o nome Kompassus, e da sua paixão pelo estudo da casta Baga, acabei por publicar um Kompassus Alvarinho Reserva 2014 decidido, desde logo, a testemunhar a grande qualidade deste vinho. Mas agora, para que a justiça seja feita, há que compor o cenário e dar aqui lugar à casta Baga, que cada vez ganha mais força na Bairrada, mas é também comum no Dão e Tejo.
Atenção que não é uma casta fácil, com os vinhos a apresentarem níveis elevados de taninos e acidez, sobretudo nos tempos mais recuados em que não se fazia o desengaço, mas com provas dadas em bons envelhecimentos.
O primeiro vinho é um Kompassus Private Collection de 2011 e feito apenas com a casta Baga. As uvas são de uma vinha velha e o vinho, feito em inox, estagiou depois em barrica de 400 litros, muito ao estilo do enólogo Anselmo Mendes. Os taninos são finos, muito equilibrados e o estágio em madeira doma a casta, mas está bem harmonizado, sem excessos. Este, pode dizer-se, é um típico vinho bairradino. Quanto ao Private Collection 2013, que ainda não está no mercado mas já o provámos, está ainda mais equilibrado e mais fresco. É um vinho que explode na boca e dentro de um ano (altura em que virá a público) estará divinal.
Mas falar na Bairrada e não ir buscar um espumante era uma enorme falha. Por isso, deixo aqui também o Kompassus Blanc de Noirs 2011, feito com Touriga Nacional, Pinot Noir e, claro, Baga. Apresenta enorme estrutura, grande acidez, volume na boca e, garanto-vos, com tudo isto é um espumante muito gastronómico.
Enfim, uma prova muito positiva e que mostrou vinhos com grande qualidade.