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MAIS DUAS PRECIOSIDADES DO DOURO

por José Manuel Moroso, em 01.02.16

QUINTA DE CIDRO.jpg

 DEPOIS de aqui ter falado no Moscatel Ottonel Branco 2014, que passou a integrar a linha de vinhos Séries (o espaço de inovação e experimentação da Real Companhia Velha), deixo agora mais duas novidades desta casa duriense: o Quinta de Cidrô Marquis Tinto 2012 e o Evel XXI Grande Reserva Tinto 2012.

O primeiro vem na sequência do Quinta do Cidrô Celebration Tinto 2010, um vinho lançado para homenagear o Marquês de Soveral, nascido nesta quinta de S. João Da Pesqueira, em 1851. O Marquis Tinto 2012 foi feito com 60% de Touriga Nacional e 40% de Cabernet Sauvignon, casta que se dá muito bem nas zonas altas e que confere aos vinhos uma enorme longevidade. Demonstrou que é um vinho ao mesmo tempo potente e elegante e cujas uvas foram fermentadas em cubas de inox e posterior estágio em barricas de carvalho francês (metade das quais eram novas), por um período de 14 meses.

Muito complexo no nariz, evidenciou aromas apimentados, fruta preta e baunilha. Muito fresco, tem um enorme potencial de evolução em garrafa, tendo sido colocadas no mercado 3573.

Este vinho vem provar que também se podem fazer vinhos tintos muito interessantes nas zonas mais altas. Da Quinta de Cidrô, cujo palacete dizem estar assombrado por um 'bom' fantasma, sai assim um bom vinho, e este é bem real.

E por falar em real, abordemos agora a segunda novidade da Real Companhia Velha, o Evel XXI Grande Reserva Tinto 2012. Muito diferente do anterior, como não poderia deixar de ser, até porque vem de uma outra zona do Douro. Estamos a falar da Quinta do Síbio, na margem direita do rio e situada entre o Pinhão e Alijó. Aqui, entramos no Douro clássico, com o terreno em socalcos e vinhas com mais de 100 anos de idade. Este é um local com mais concentração e maior potência aromática, sendo de registar que este lote de vinhas velhas, Touriga Nacional e Touriga Franca foi equilibrado com uvas da Quinta das Carvalhas, toque que lhe conferiu mais corpo e complexidade. Enfim, boas novidades que vêm da Real Companhia Velha. Este vinho, que dá continuidade à edição comemorativa dos 100 anos da marca, fermentou 50% em lagares e 50% em cubas de inox, estagiando depois durante um ano em barricas novas de carvalho francês. Deste belíssimo vinho foram colocadas 3000 garrafas e tanto este como o anterior estão no mercado a 40 euros.

 

 

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